Partimos desse pressuposto: Somos seres biopsicossociais espirituais

Como seres biopsicossociais espirituais vivemos essa multidimensionalidade que nos convida a um olhar mais aprofundado para nós mesmos.

O nosso corpo, como local da manifestação da nossa interioridade – e aqui, por interioridade estou chamando a nossa psiquê (termo grego para alma, ou seja, a mente), o nosso espírito: fonte da nossa ligação com o Divino e também  o nosso contexto histórico e cultural exercem relações de influência e cocriação de uma área sobre a outra. Aliás, essa partição do nosso existir em áreas ou dimensões é apenas para fins didáticos, pois, no fim do dia, somos uma coisa só, que habita e se manifesta no corpo visível. E talvez, por essa concretude do corpo, vivemos por vezes a primazia do biológico, com todo o nosso foco voltado para o corpo. Nos importamos muito mais com os problemas do corpo, as doenças, as dores, os cuidados do corpo (higiene corporal, imagem corporal), não nos atentando às outras dimensões do nosso eu, até mesmo por ignorar a influência e a manifestação delas na nossa biologia, ou seja, no corpo físico.

Tratar a nossa saúde de forma integral é tratar, além do nosso corpo, a dimensão social, a psicológica e a espiritualambi. Ou seja, olhar para cada área da nossa vida. Olhar para os nossos relacionamentos e o ente no qual estamos inseridos: a família, o trabalho e os relacionamentos íntimos. O conceito de integralidade abarca a nossa psiquê como sede dos nossos pensamentos, emoções e vontade.

Conhecer a nossa base de pensamentos, as ideias que embasam as nossas emoções e mobilizam a nossa vontade faz parte dessa construção da saúde de forma integral. E, somando- se sobre a vida em seu sentido maior tem papel fundamental na formação da nossa identidade.

A relação com o Divino, como compreendemos e vivemos essa relação, impacta na nossa saúde física, emocional e mental. Esse impacto pode ser de forma positiva ou negativa, para o bem e para o mal. É importante se conhecer e aprofundar também no conhecimento do que se crê para que a liberdade de ser se concretize de forma plena. Essas são questões para a psicoterapia

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